O que são oleodutos?
Os oleodutos são sistemas de transporte de petróleo bruto, tanto para as refinarias como para os consumidores finais. É assim que acontece: uma grande rede de tubos de aço transfere petróleo bruto de diferentes locais num campo petrolífero para um ponto de armazenamento, uma instalação de processamento ou um terminal de transporte.
Depois, um determinado número de centros de armazenagem distribui o petróleo bruto em tubulações de transporte, cujo diâmetro maior pode ser de até 1,22 metros. Estações de bombeamento, em intervalos que variam entre 16 e 320 quilómetros ao longo do oleoduto, asseguram que o petróleo continue em movimento.
Estes ductos são artérias vitais para o transporte de petróleo através dos continentes e também sob as águas em regiões marítimas, como no Golfo do México, no Mar do Norte e no Mediterrâneo.
Transporte tubular dos oleodutos
Como tubulação fechada, normalmente circular, que é utilizada para transportar petróleo e seus derivados, os oleodutos fazem a movimentação do fluido de um lugar para outro através de um sistema de pressão.
Tem como principais vantagens, o sistema tubular, a redução dos custos de transporte de líquidos – a médias e a longas distâncias – e a diminuição da poluição, pois os riscos de acidente e de derrame ou fuga são reduzidos.
Igualmente, através deste sistema de transporte, é impossível alterar o percurso ou parar durante o trajecto – o que significa uma maior rapidez de transporte de petróleo bruto ou de gás natural (no caso dos gasodutos).
Os oleodutos constituem também a forma menos perigosa, ou mais segura, de transportar petróleo.
Quais as desvantagens dos oleodutos?
Uma das grandes desvantagens prende-se com os avultados custos da sua construção como arranque inicial. Ademais, a construção de oleodutos tem um impacte ambiental significativo ao longo do seu percurso – o que inclui, igualmente, o impacte social em assentamentos locais, na eliminação da vegetação e nos efeitos do calor do óleo quente no tubo sobre o solo congelado à sua volta.
Apesar de as tubulações possuírem um sistema de instrumentação sensível que permite a monitorização de vazamentos e rupturas, por vezes estes não são notados até que a poluição atinja um curso de água. Ora isto é ecologicamente péssimo e condenável.
Uma outra grande desvantagem prende-se com as catástrofes naturais: terramotos e inundações graves podem romper os oleodutos inesperadamente.
Problemas políticos
Como se sabe, as rotas de oleodutos criam problemas políticos. Veja-se o caso da extensão proposta para o oleoduto Keystone XL, que levaria o petróleo bruto Canadense para os portos de águas profundas no Texas: tem encontrado forte oposição nos agricultores e nos habitantes dos Estados Unidos – é que este oleoduto, além de questões ambientais à mistura, pode fazer duplicar as exportações de petróleo do Canadá para os Estados Unidos que querem ser energeticamente independentes.