Estamos em 2014. Muitos dos autores de grandes obras de ficção do século XX imaginaram que nesta altura os carros já voassem.
A verdade é que os carros já têm muitas funcionalidades que há não muito tempo pareciam pouco plausíveis. No entanto, embora alguns já não precisem da perícia do condutor para estacionar ainda precisam de uma estrada para andar. Para além de carros a voar, em obras de ficção mais recente temos visto comboios enormes com divisões que fazem frente a muitas casas enquanto desfilam a uma grande velocidade (Os Jogos da Fome) e até barcos que flutuam como o que vimos em Cloud Atlas. No entanto, estamos em 2019 e os carros ainda andam na estrada e precisam de alguém que os conduza. Os barcos não flutuam nem percorrem a Europa até à América em poucas horas. Os comboios com todos os avanços que a tecnologia tem denotado ainda não fazem frente ao portentoso comboio que leva os tributos para Os Jogos da Fome e no meio aéreo… digamos que os pilotos de aviões ainda não têm que definir prioridades e cedências de passagem aos carros. É inegável que vivemos na era de maior avanço tecnológico de sempre. No entanto, há também uma consciencialização em pôr a tecnologia ao serviço do que a humanidade realmente precisa e não da espectacularidade que as criativas mentes do século passado imaginaram para o nosso presente. Vivemos uma época de grande preocupação ambiental. Deste modo, a quimera tecnológica tem sido a busca por uma fonte de energia renovável e não poluente para fazer mover a humanidade. Neste sentido, já existem os carros eléctricos. No entanto, esta é uma ideia que ainda não atingiu o seu auge precisando ainda de alguma optimização. Não será muito irrealista imaginar que a redução do custo destes carros possa vir a fazer deles o futuro dos meios de transporte terrestres (excepto os comboios), mas essa ainda não é a realidade dos dias que correm. Nos transportes colectivos terrestres há a destacar um comboio que parece flutuar. Na verdade, o Maglev (é este o seu nome) circula, perdão, levita sobre uma linha através de campos electromagnéticos. Esta tecnologia permite mais velocidade de transporte, menor custo para os utilizadores e, muito importante, menos agressividade para o meio ambiente. Há projectos para levar o Maglev para o meio aéreo, fazendo dele uma espécie de eléctrico que anda pelo ar. Também baseado na levitação magnética, este meio de transporte futurista fará dos arranha-céus “paragens de autocarro”. Esta solução amiga do meio ambiente ajudará também a aliviar o trânsito das grandes cidades. No meio aéreo, para além da questão do combustível utilizado parece ser também uma questão de limites. O céu parece já não ser a última fronteira e num futuro muito próximo as pessoas começarão a viajar para fora do planeta. Na verdade, a Virgin (e outras companhias) posiciona-se nesta corrida ao turismo espacial. Especula-se que o turismo espacial possa começar ainda este ano, mas tal proeza envolve muitos custos e riscos de segurança que precisam de ser todos eliminados antes da primeira descolagem.
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