Para quem está familiarizado com o marketing certamente já ouviu falar nos quatro p”s. Produto, preço, distribuição e promoção. Salta à vista que distribuição escreve-se com “d” e não com “p”, mas importa relembrar que este termo vem do inglês “placement”.
Todos os quatro p”s são importantes e desempenham o seu papel numa empresa, no entanto iremos focar-nos na distribuição.
Uma empresa quando fabrica um produto precisa de o fazer chegar ao mercado em condições ideais de venda ao cliente, seja qual for o tipo de produto. Há todo um processo que necessita ser planificado para levar o produto X do ponto A ao ponto B.
Tradicionalmente existe uma cadeia de distribuição pela qual o produto passa antes de chegar até ao cliente final. Após a produção em fábrica, na cadeia de distribuição tradicional, o produto é adquirido ao fabricante em grandes quantidades por um grossista que posteriormente irá vender ao retalhista que por sua vez fará escoar o produto até ao cliente final. Esta é a cadeia tradicional, mas também existem alternativas com menos ou sem intermediários.
Esta forma de encarar a distribuição acarreta custos que encarecem muito o produto desde a fonte até às mãos de quem o vai usar efectivamente. Por essa razão, temos assistido a novas escolhas estratégicas que levam a cortes nos intermediários de forma a não perder clientes.
A distribuição digital é reflexo dessa ideologia. No entanto, nem todos os produtos podem ser distribuídos digitalmente.
A escolha dos canais de distribuição é extremamente importante na estratégia comercial da empresa. Para além dos custos a pagar a possíveis intermediários, há que acrescer os custos com meios de transporte. Por terra, por mar ou ar, as diferentes alternativas adequam-se a diferentes produtos e necessidades de transporte. A escolha adequada do meio de transporte que irá sustentar a cadeia de distribuição é, muitas vezes, o sucesso da estratégia de distribuição da empresa. Não só por razões económicas, mas também para garantir uma disponibilidade total e em condições do produto em loja.
O transporte terrestre oferece como principais vantagens a flexibilidade e entrega ponto a ponto (carros, motas, carrinhas ou camiões) ou a possibilidade de cobrir longas distâncias no caso do comboio. Há produtos que necessitam de uma acomodação especial no processo de transporte como os produtos alimentares. Isso aliado ao facto de não deverem percorrer distâncias demasiado significativas para não deteriorarem a sua qualidade e a necessidade constante de estar “produto fresco” na prateleira, faz com que o transporte terrestre seja uma boa opção nestas situações.
Este é um exemplo de como certos produtos necessitam de meios de transporte próprios e adequados. Nos casos do transporte marítimo e aéreo existirão outros produtos que não fariam sentido serem transportados por meio terrestre.
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