Na hora que uma empresa decide partir para a exportação do seu produto é fundamental escolher o meio de transporte apropriado para sustentar a estratégia de internacionalização.
O transporte terrestre, quer ferroviário quer rodoviário, têm as suas vantagens, no entanto quando é necessário atravessar o oceano esta opção cai por terra.
Uma das alternativas poderá ser o transporte marítimo.
Com ligação umbilical à cultura portuguesa, o transporte marítimo revela-se uma opção capaz de transpor uma das barreiras físicas que a natureza impõe ao ser humano: o mar. Viver na aldeia global significa conexão e não só em termos de Internet. É necessário assegurar o transporte com eficácia e eficiência de vários tipos de produtos entre países separados por vastas milhas de oceano.
O transporte marítimo é aquele que consegue transportar maior quantidade de carga e permite também um custo de transporte menor. No entanto, tem a baixa velocidade de transporte no outro prato da balança. De facto, se queremos velocidade, a não ser que transportemos algo que não possa ser transportado em qualquer outro meio, o transporte marítimo não será a melhor escolha.
Mas, é importante reter que porventura este será o meio de transporte mais flexível em termos de especificidades de carga, pois reúne as condições necessárias ao transporte de determinados produtos ou materiais que seriam impossíveis de transportar por via terrestre ou aérea.
Torna-se especialmente competitivo quando transporta produtos com baixo custo de tonelada por quilómetro transportado. Podemos tomar como exemplos o cimento, ferro, minerais, petróleo ou os químicos industriais.
Para além da já referida velocidade reduzida, o transporte marítimo apresenta outros prejuízos comparativamente com os outros. A disponibilidade é limitada e a carga de transporte possível varia ao longo do ano de acordo com as condições climatéricas e, no caso do transporte fluvial, com o caudal dos rios.
As intempéries marítimas poderão causar alguns inconvenientes logísticos, mas por vezes acontecem incidentes mais graves com a perda de carga ou do próprio cargueiro. Neste caso é especialmente grave quando transporta materiais perigosos como petróleo ou substâncias químicas que poderão provocar acidentes ecológicos com efeitos nefastos para os ecossistemas.
Tal como no transporte ferroviário o acomodamento da carga (em contentores) é mais exigente envolvendo o manuseamento de maquinaria pesada e normalmente os portos encontram-se deslocalizados relativamente aos centros de produção. A lotação dos portos obriga também a uma menor flexibilidade deste tipo de transportes de forma a evitar congestionamentos.
Ainda nos pontos fracos há a destacar a pirataria. Ainda que não seja, essencialmente, um ponto fraco deste meio de transporte é uma circunstância que o afecta. E, de facto, por mais que se evitem as rotas mais perigosas há sempre o risco de sofrer um ataque destes piratas dos tempos modernos.
Há que referir ainda o transporte fluvial (efectuado em rios ou lagos) que tem, sensivelmente, os mesmos pontos fortes e pontos fracos ainda que devidamente ajustados à sua escala.
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