Mais um barco de transporte de imigrantes, neste caso de pesca, acabou em tragédia. Vinham para a Europa, em busca de uma vida melhor – eram seiscentos, homens e mulheres, algumas grávidas, vindos do Norte de África mas morreram asfixiados. Quem conta é o site Público.
O dramático destino da imigração ilegal para a Europa
Alguns jornais internacionais Fortress Europe referem que, pelo menos, 11.976 imigrantes ilegais terão morrido – na fronteira europeia – desde 1988 até hoje, sendo que 4.232 desapareceram no mar. No Mediterrâneo já morreram pelo menos 8.284 pessoas.
Estima-se que durante o corrente ano deram já à costa italiana, oriundas do Norte de África, mais de 60 mil pessoas e prevê-se que o número supere o recorde de 2011 quando, durante as revoluções da chamada primavera árabe, 63 mil migrantes chegaram à Europa por mar: um destino dramático.
A questão maior está no barco de transporte escolhido por estes imigrantes ilegais: é, na sua maioria, um barco sem condições e sobrelotado – tanto que são constantes os pedidos de auxílio da Itália à União Europeia.
Resgate de barcos de transporte de imigrantes, uma constante da Marinha Italiana
Foram já mais de 1600 imigrantes que a Marinha Italiana resgatou em um e outro barco de transporte. Neste último caso, em mais uma operação de resgate de um barco de imigrantes ilegais, a Marinha italiana encontrou, desta vez, e depois de ter resgatado várias pessoas a bordo, trinta corpos. Trinta corpos cuja causa da morte terá sido a asfixia pelo excesso de gente que o barco de pesca transportava.
O barco de transporte levava cerca de 600 pessoas a bordo, inclusive duas mulheres grávidas e muitas crianças. A imigração ilegal é, de facto, um dos grandes flagelos dos séculos vinte e vinte e um.
Outros acontecimentos congéneres referem mais mortes no mesmo período: afogamentos e resgates de um barco de transporte da Líbia. Terão-se afogado, e morrido, três pessoas – desta vez em um barco insuflável que foi ao fundo e outros quatro migrantes da República Centro-Africana morreram depois de terem caído de uma escada de corda entre barcos.
Mais relatos referem-se à morte de 360 pessoas ao largo de Lampedusa, o que desencadeou o reforço de um mecanismo europeu de controlo e de resgates no mar. No entanto, este será um mecanismo – de acordo com autoridades italianas como com as organizações de direitos humanos – insuficiente.
Em consequência de todos estes trágicos acidentes, o processamento dos pedidos de asilo terá sido colocado em causa pelas Nações Unidas, isto é, não será mais viável proceder ao estabelecimento de centros para refugiados no Norte de África e Médio Oriente?
Refira-se, ainda, que a organização não-governamental Save the Children terá informado que mais de 9000 destes migrantes seriam crianças, algumas com idades inferiores a cinco anos que faziam a viagem no barco de transporte completamente sozinhos…