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Transportes e Armazenagem

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Estação de S. Bento: Antes do Comboio, Viaje de Azulejo

8 de Julho de 2019 by olinda de freitas Leave a Comment

Viajar de comboio? Escolha a Estação de S. Bento!

A Estação de S. Bento, no Porto, é uma excelente opção de partida ou de chegada para quem aprecia beleza enquanto espera. Poderá ter sido mesmo esta estação o argumento para o povo contrariar, com o quem espera sempre alcança, o desespero da espera. Porquê? Porque na Estação de S. Bento há azulejos, datados do início do século vinte, pintados de história e repletos de beleza que avivam a curiosidade por quem lá repete os passos mesmo antes de apanhar o comboio. Jorge Colaço, o azulejador artista mais popular em Portugal da época, sabia disso.

A viagem de comboio começa antes

Estação de S. BentoOs azulejos azuis e brancos, as cores são sábias nisso de fazer parelha, cobrem uma superfície de cerca de 551 metros quadrados e representam pedaços da história do norte: o Torneio de Arcos de Valdevez, a apresentação de Egas Moniz com os filhos ao Rei Afonso VII de Leão e Castela, no século doze, a entrada de D. João I e de D. Filipa de Lencastre no Porto, em 1387, e a Conquista de Ceuta em 1415.

Depois, no átrio, uma faixa colorida conta-nos a história dos transportes em Portugal.

Eu disse que a adrenalina da viagem começava, na Estação de S. Bento, antes de entrar no comboio!

As margens do Rio Vez,

o rio mais lindo que o universo já fez, estão lá pintadas a molhar-nos o olhar: terá sido no início de 1140, na chamada “Veiga da Matança”, nas margens do rio Vez (tributário do rio Lima), próximo a Arcos de Valdevez, que D. Afonso Henriques, após a vitória na batalha de Ourique (1139), rompeu a paz de Tui (1137) e invadiu a Galiza. Em resposta, também nos azulejos, as forças de Afonso VII de Leão e Castela entraram em terras portuguesas e arrasaram os castelos à sua passagem descendo as montanhas do Soajo em direcção a Valdevez. A sorte das armas pesou para o lado português e os cavaleiros leoneses ficaram detidos, tal como reza o código da cavalaria medieval.

Os azulejos da Estação de S. Bento mostram tudo.

Egas Moniz pintado 

Na Estação de S. Bento há o cheiro do Condado Portucalense e de Egas Moniz rumo a Toledo, descalço e com um baraço ao pescoço, acompanhado da sua mulher e dos seus filhos, colocando ao dispor do imperador a sua vida e a dos seus, como penhor pela manutenção do juramento de fidelidade de nove anos antes. Diz-se que o imperador, comovido com tanta honra, o perdoou e o mandou em paz de volta a Portucale. Quer saber mais? Esta parte da vida de Egas Moniz é recontada por Camões no Canto III dos Lusíadas (estrofes 35-40). 

Outras, muitas outras, personagens da história da vida real de Portugal de longe estão marcadas no tempo – e pelo tempo -, expressas em traços sedutores nos azulejos da Estação de S. Bento no Porto: um lugar de viagens convidativo a viajar enquanto se espera.

Fonte da imagem

Filed Under: TRANSPORTES TERRESTRES Tagged With: Azulejos, estação de comboios, Estação de S. Bento, história de portugal, Porto, transporte interurbano de passageiros por caminho-de-ferro, transportes terrestres, transportes terrestres de passageiros

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